Última Gota

Chamada reflexão, conclusão, ou um repensar... Sinceramente ainda não sei o que isto será. Só agora comecei a escrever. Enquanto isto, oiço as gotas da tinta da caneta que uso para redigir este texto, apesar de o escrever num computador...
Foi assim que me senti quando soube deste trabalho. Num oceano paradoxal com a possibilidade de escolher um dos quatro elementos. Embora a vida seja feita de escolhas, todas elas com a mesma importância e peso, ao contrário do que muitos pensam, a escolha do elemento não suscitou qualquer tipo de dúvida no meu ser... "Água, Água!"...pensei...
A oportunidade de escrever no infinito fez com que flutuasse no mar menos salgado que se possa encontrar, fez com que mergulhasse no mais profundo dos meus prazeres e descobrisse mais um - escrever.
Aqui não escrevi com uma pena, um teclado, uma caneta, um lápis, mas com o mais íntimo da minha alma, da minha imaginação, com búzios e conchas, e estrelas do mar.

Pois o que por vezes nos parece uma loucura, é o que nos faz verdadeiramente felizes!
De loucuras vivo, e temo somente a lucidez. Aquela que faz com que deixe de viver na realidade mais utópica.
Aqui, sinto-me uma sereia livre de ir para onde a maré me levar, nunca deixando de acreditar que um dia lá chegarei: -À mais pura loucura.
Loucura, loucura é o que neste momento digo num trabalho de português. Loucura é lutar pondo tudo em causa, mesmo que seja uma onda mais que nada. Loucuras saudáveis as que me realizam, as que fazem de mim orcas assassinas dispostas a tudo por um fim, fim este um trabalho de português. Loucuras que me fazem feliz, me fazem sentir viva numa cabana perdida, numa ilha esquecida, à beira mar.
Loucura, a única palavra que pode levemente caracterizar estes incaracterizáveis textos. Algo que como o horizonte não pretendo que tenha fim, mas sim cor, água, amor, um pontão entre o meu mar e o continente dos Homens.
Loucuras...