Um Mar de Emoção, Uma Cidade de Segredos


Olho, olho ao meu redor... Vejo uma cidade cheia, um céu cheio de luz. Agradeço este fantástico passar de minutos, esta troca de olhares, de palavras.

Como me sentiria se ele aqui estivesse? Se fosse ele mesmo, o próprio a falar dos seus recantos, dos seus segredos!

Ando. Subo e desço. Vou ouvindo poemas. Vou vendo paisagens. Vou tentando sentir, o que só ele sentiu, quando por aqui andava.

A cada esquina que dobro penso: o que ele viu, só ele viu, por mais que aprendamos, nada passará de divagações. Só se fosse ele, ele mesmo!

Será que o céu dele é este que vejo? Uma cidade tão por nós desprezada, mas sempre subordinada à saudade...

Agora bem lá no topo, vejo um rio, uma imensidão.

Se quando daqui partimos continuarmos aqui, onde estará ele? Aqui? Na cadeira que "estatua"? Ou pelos países que em vivo nunca conheceu?

Cada um faz uma interpretação pessoal, o que esta cidade é para mim, para ele não foi. Mas como eu gostava, como que gostava que ele mesmo aqui estivesse. Que estas histórias, esta vida passada fosse contada por ele... ou por eles...

Por mais que subamos para o Carmo, por mais que desçamos para a da Alfândega, por mais que estudemos sobre ele, esta será sempre uma Cidade de Segredos banhada por um Mar de Emoção. Uma Cidade que por nós foi desvendada e proporcionou uma tarde por muito recordada.



Comentários

Anónimo disse…
Gostei deste relatório de uma ausência...

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