Água Mole em Pedra Dura, tanto bate até que Fura!


“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.”

(Ricardo Reis)



Ser grande, nas mais pequenas coisas que faço. Ser determinada e querer tudo, pensado que em tudo posso ganhar. E posso.
Brilhar, iluminar o que me circunda ou quem me subordina. Acreditar e tornar real pequenos desejos, para que os grandes sejam totalmente banais. Dizer "Sim!", "Não!" quando achar ou dever. Nada me derrubar, sentir a tristeza, mas não a filtrar.
Ser grande para mim, enorme para os outros... Ser boa para os bons, óptima para os maus. Surpreender, ser extraordinariamente imprevisível. Ser Eu! Eu!
Ser eu, sendo um pouco como ela.
Pura, límpida, irreverente, fatal! Matar, tirar o ar, assim quero. Numa onda conquistar pessoas, praias, cidades. Furar, furar tudo o que cobrir aquilo que quero conseguir! Ser por vezes dura, por vezes mole. Domar e nunca ser domada! Como ela, como ela...

Comentários

Anónimo disse…
Os textos são bons, a ligação água/experiência ou vida está bem feita, o início com Caeiro foi muito bom, mas já começava a sentir a falta do poeta e seus poemas nestas ligações. No entanto "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" :-) e finalmente chegamos a Reis. Fazes muito bem as pontes através dos teus textos e títulos, apenas tenho uma recomendação a fazer: aceitares um pouco mais a companhia do poeta, fazer-lhe mais alguns convites para o teu blogue.
R
Anónimo disse…
Fico à espera do relatório.
R

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