Nevoeiro
D. Sebastião, grande símbolo do Quinto Império, vindo numa manhã de nevoeiro, diz a lenda. Muitos assim se sentiram no Palácio da Pena, no passado dia 11 de Novembro.
Com as nuvens mais perto de nós, num ambiente romântico envolto em vegetação encoberta, senti-me, como jamais me sentira, naquele lugar, quase como utópico.
À procura de elementos revivalistas, à procura do meu elemento, água, perdi-me num passado tão presente que me arrepiei.
Em todo aquele momento profundo em mistério, vi vultos, vi silhuetas, algo propício para confundir colegas de turma com estátuas fantasiosas.
Romântica como sou, dou valor aos detalhes que fazem cada sentido meu se apurar.
Com aquele nevoeiro, misterioso e denso, gelado e húmido, é fácil confiar-mos naqueles que já conhecemos, mesmo que já nos tenham mentido, magoado, traído, pois é mais simples confiar em alguém do que no nada.
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