Bolo Barroco

Ingredientes:

1lt - Leite Condensado
500gr - Farinha
100gr - Erva Doce
150gr - Canela
8 - Ovos
... q.b.
... q.b.
... q.b.
... q.b.
... q.b.

Preparação:

Verta o leite condensado para um recipiente fundo, E ornamentado!

Ligue a aparelhagem! Ponha um jazz com influências mais eruditas, ou remeta-se para um cravo ou um piano barrocos.

Junte os ovos, para um início mais suave. Para mudanças bruscas, como os laços e relevos do século XVIII, adicione, com rapidez, a farinha, não se preocupando com os eventuais “gomos de farinha”, com isso só mais se assemelha ao estilo.

Erva Doce e canela, despeje, despeje bem, como a quantidade assustadora assim o ordena.

Agora improvise! Um pouco de Jazz para desenjoar. E mais um pouco!

Cada vez mais enfeitado de paladares…

Ponha no forno, durante 35 minutos a 180 graus.

Retire, com cuidado para não se assustar com o cheiro intenso fruto de uma imaginação absurda, mas em algo escolástica.

Decore, exageradamente, com flores de açúcar ou papel, também, nunca ninguém as come, bolinhas prateadas, fitas, e mais laços, uns folhos na base e claro a cerejinha no topo!

Parece-lhe um bolo pouco saboroso? Deixe arrefecer e prove!


Opiniões do "Bolo":

Exactamente. É isto que vejo quando oiço Bach, Scarlatti, uma euforia de notas com uma exuberância constantemente adjacente.

Bolos enormes, mesmo que com um paladar excessivo. Vejo folhos, palácios revestidos a flores, e algumas flores, e por vezes mais flores, espelhos, bem limpos e brilhantes, vestidos majestosamente compridos e trabalhados, por vezes para demonstrar uma felicidade real, e matrimonial, fantasiosa.

Vejo igualmente teatralidade, encenação, tudo em prol de uma corte, relativamente pequena, possível ao “bom dia” e más línguas entre todos, absolutista, claro!

Vejo identicamente aqueles bailes! Único local onde se podia sorrir, mesmo que levemente, sem se ser condenado. Bailes completamente rígidos, onde a intriga, a inveja, por aqueles magnânimos fatos, só imagino essa hipótese, predominava noite após noite sobre uma vida de heresia encoberta pelo sangue que de azul se intitula.
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E de repente… O Jazz! Este é para mim o que Baltasar e Blimunda são para o seu inventor. Conseguiu “transformar” toda aquela hipocrisia de frases feitas num som de improvisações e sentimentos.
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E assim começa um dos estilos musicais que me faz simplesmente ouvi-lo e ouvi-lo.

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